domingo, 20 de setembro de 2009

EXPLODA.

Existem aqueles dias nos quais simplesmente não dá.

Tudo vêm a tona de uma vez só, tudo aquilo que estava ali te incomodando, mas que você passou por cima durante os últimos dias. Os mínimos detalhes que você jurou serem irrelevantes, jurou que não afetariam você, vem agora combinados com mais outro milhão de emoções parecidas que foram reprimidas ou deixadas de lado, simplesmente porque não havia tempo, nem paciência, nem espaço para elas serem ponderadas, lamentadas e digeridas como deveriam ter sido.

Nesse dia, você vai acordar achando que tudo está em seu lugar, que este é apenas mais um dia normal em sua vida cotidiana. Mas não é. E tudo vai explodir com a menor das faíscas. A gota d'água que faltava para a piscina transbordar. Pode ser o simples fato de você esquecer o leite no fogo por tempo demais, ou esquecer o celular no carro, algum comentário mal raciocinado, alguma música que te traga lembranças, um cheiro, um toque, um sabor, coisas que acontecem no dia a dia que em qualquer outro dia teriam efeito mínimo sobre você, mas que naquele dia vão arrastar milhões de coisas junto e transformar tudo em uma bola de neve tamanha, que você não vai conseguir conter.

Nesse dia você vai explodir. Você deve explodir. Não tente se conter. Chore as suas pitangas. Chore tudo o que puder, grite, esperneie, brigue, bata, xingue, derrube tudo que estiver ao seu alcance, realize aquele sonho de varrer tudo que está em cima da sua mesa para o chão, mate se for preciso (mas de preferência mate só a fome e a sede). Não exite em fazer tudo que lhe vier a mente. Coloque tudo para fora, na mesma hora. Não deixe nada para traz.

Então respire.

E siga em frente.

...

Porque se esse dia chegar, e por algum motivo for reprimido, todas essas coisas acumuladas vão se cristalizar dentro de você. Você irá carregar esse remorso, esse nó na garganta pelo resto de sua vida. Vai se lembrar daquele dia que você poderia ter chorado, explodido, esperneado. Mas o momento já passou, o tempo já levou embora aquele sentimento de urgência, de iminência, aquelas horas de vulnerabilidade. Você pode tentar colocar tudo para fora agora, mas não vai conseguir. Aquela bola de neve já virou cristal. Mas não aquele do tipo valioso, brilhante, extraordinário, lindo, mas aquele que é mais duro que pedra, inquebrável, aquele que nunca vai se destruir.

sábado, 12 de setembro de 2009

Veronika Decide Morrer

Fui ao cinema recentemente para assistir a este filme que foi inspirado em um livro do grande autor, Paulo Coelho. Tá, não é uma coisa para se orgulhar, hehehe, porém o filme me trouxe uma boa questão a mente.

Temos o direito de tirar a nossa própria vida?

Até que ponto podemos estar certos de que esse mundo não dára mais para nós. De que nossas vidas não são mais úteis. De que não há mais volta. Não há mais escapatória. Não há mais para que, ou porque viver. De que não há mais nenhuma alternativa. Será que realmente não há, ou será que simplesmente não temos a audácia de segui-la. Temos a coragem de seguir em frente e deixar na mão aqueles que tanto nos ajudaram? Temos coragem de largar tudo e desapontar amigos, família, vizinhos. Temos coragem de sair do conformismo e lutar pelos nossos sonhos e desejos?

Existem momentos em que parece não haver saída. Em que não há mais forças. Em que tudo é escuridão. Será que em um momento desses temos o direito de tirar nossas próprias vidas e acabar de uma vez por todas com nosso próprio sofrimento? Temos o direito de decidir que é hora de morrer?

Ou será que temos que viver?

Talvez, com o passar do tempo, esse momento de decaída passe e então enxergaremos a luz no fim do túnel. Talvez não.

Talvez passaremos a ver a beleza das coisas, e ganharemos a coragem para perseguir os nossos desejos. Talvez passaremos a dar valor a vida como nunca antes.

Mas será que sempre vem o sol depois da tempestade?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Google It!


Será que dá pra viver sem Google?

Claro que dá! Lembra-se que um dia já vivemos sem computadores, sem internet, sem celulares, sem MP3 e sem toda essa parafernália eletrônica que hoje podemos encontrar tão abundantemente?

Pois é, e não faz nem tanto tempo assim. Porém, hoje, mas conseguimos viver sem tudo isso.

Imagine agora uma 'fonte' de conhecimento, que não podemos confiar fielmente, mas que parece ter todas as respostar para nossas perguntas. Não sabe um endereço? Google it! Não sabe como chegar? Google it! Previsão do tempo? Google it! Fazer contas? Google it! Cotação do dollar? Google it! Não sabe escrever uma palavra? Google it! Esqueceu seu nome, RG, CPF? Google it!

Calma lá. Também não é assim. O Google provavelmente não vai saber seu RG nem seu CPF, mas com certeza ele vai indicar em que vestibulares você passou se você digitar o seu nome no campo de pesquisa. E ainda, você pode descobrir se você possui uma irmã gêmea de nome e sobrenome! Eu tenho uma se não me engano!

Mas peraí, o Google na verdade não possui todas as respostas. O que ele possui é a indicação de onde você pode encontrar as respostas. E é o suficiente.

Companheiro de todas as horas, ele nunca vai te deixar na mão! A não ser, claro, que o servidor fique temporariamente fora do ar, o que pode de fato acontecer.

Agora, como eu, pobre ser vivo que habita este planeta cibernético chamado Terra, posso viver sem acesso a maior fonte de conhecimento acessível do universo? São tantas as perguntas que ficarão sem resposta!

Quem eu sou? De onde venho? Onde vou dar?
Como a luz acende? Como o avião pode voar?
Qual era aquela música mesmo?
Quem é Belchior?
Porque você é flamengo e meu pai botafogo?
O que significa"Impávido colosso"?
Como é que se escreve Reveillon?
Porque?
Como?
Onde?
Quando?
....
Obs: foram necessárias 3 consultas ao Google para finalizar este post!